quinta-feira, 9 de julho de 2009

Valor Verdade/Veracidade (9 a 10 anos)

PLANEJAMENTO DE AULA:

Valor Absoluto: Verdade/Paz
Valor Relativo: Veracidade, calma



Objetivos: Levar o estudante a perceber a importância da veracidade na nossa vida: a nossa vida atinge harmonia, realiza-se mais a fundo, fica cheia de paz, quando buscamos a verdade.
Método:



1. Harmonização:
1.1 Atenção à própria respiração;
1.2 Sentar-se em silêncio.



2. Citação: “Quem busca a verdade encontra paz interior.”
Perguntas de compreensão de texto:
· O que significa a palavra verdade?
· Qual o sentido do verbo buscar?
Perguntas de raciocínio:
· Qual o significado da expressão “Quem busca a verdade”?
· Idem para “encontra paz interior”?
Perguntas de sentimento:
· Que sentimento nos faz querer buscar a verdade?
· O que sentimos quando encontramos a paz?
· Como fica a nossa vida quando estamos em paz?




3. História: O menino que descobriu uma coisa.


Este Menino gosta de ir caminhando para a Escola, todos os dias. No caminho ele sempre encontra alguns dos seus amigos, e de lá, vão juntos, conversando, olhando as coisas da rua! E no geral, os dias são mais ou menos iguais. Mas, hoje ele vai aprender uma coisa muito importante para si mesmo. Trata-se de uma coisa que quando se aprende, nunca mais se esquece!

Certo dia, à caminho da Escola, um Menino viu uma pequena árvore. Embora passasse por ali quase todos os dias, já que aquele era seu segundo caminho favorito, só agora ela a percebera! Ele gostava daquele caminho, porque passava diante de um velho e misterioso galpão, de uma antiga fazenda abandonada. Diziam que ali era mal assombrado, mas o lugar era bonito, e ele gostava daquele "ar de mistério" da velha fazenda.

Além disso, ninguém se importava com a lenda da assombração. Tanto que era um caminho preferido por muitos. De fato, todos gostavam de ali brincar, pois, era um lugar amplo e aberto.Assim mesmo, era um lugar misterioso e ninguém tinha coragem de ir brincar no terreno do velho galpão. Mas também ninguém se importava com a pequena árvore. Passando ou brincando, ninguém sequer percebia que ela existia.

De repente ele teve uma idéia! E se ele cuidasse daquela árvore? Não era preciso muito. Bastava que a olhasse todos os dias! Podia ser apenas nos momentos que estivesse à caminho da escola, já que ali era bem longe de sua casa. Cuidaria para ninguém mexesse com ela, ou arrancasse suas folhas. Combinaria com seus amigos, para que todos ficassem também de olho nela em outros horários diferentes do seu! Seriam todos assim, os guardiões secretos da mesma, até que ela crescesse...

Ele gostou de sua grande Idéia. Logo falou com seus amigos mais próximos e todos concordaram. E em cada parte do dia, alguém passava por lá e dava uma olhava. E nos dias de folga, como ali era um lugar para brincar, todos estavam de olho. Mas, um dia, quando estava voltando da Escola, ele teve uma grande surpresa! Viu que no lugar onde a pequena árvore estava plantada, só havia um buraco. Alguém arrancara a árvore, a sua árvore!

E Ele começou a pensar no que poderia ter acontecido ali. Certamente que alguém fizera aquilo! Mas, quem? Era difícil saber o que de fato acontecera. Mas, sua "Imaginação" não ficou quieta e logo começou a criar coisas. E em sua cabeça, os pensamentos brincavam descontrolados em busca de um culpado, mesmo que não tivesse a menor idéia de quem poderia ter feito aquela "maldade".

Ele percebeu que sua imaginação, ao pensar em alguém, já culpava aquela pessoa, sem nem ao menos saber o que realmente acontecera. Mas, o fato de não saber, não era um problema, pois os motivos, ela, sua imaginação, também criava... Sua imaginação não estava preocupada com o problema da árvore, pois queria apenas encontrar um culpado! E sendo assim, qualquer um servia! E ele começou a julgar qualquer pessoa que aparecia em sua mente, apesar de não ter provas de nada!

E as primeiras vítimas dos seus pensamentos começaram a surgir Primeiro ele pensou num mendigo que sempre via ali por perto! E pensou: "Só pode ter sido ele. Um velho daquele, com aquela cara de ruim que tem, arrancaria a plantinha só por maldade!" Ele Percebeu que já o estava acusando e culpando, mesmo sem conhecer a verdadeira história...

E ele percebeu que, além de acusar sem provas, sua imaginação também criava imagens do que supostamente tinha acontecido, mesmo sem ter presenciado nada! E ele chegou mesmo a ver o mendigo pisando na árvore. E mais ainda, além de ver a cena escutou o seu sorriso maligno. Antes que pudesse pensar em como sua imaginação criava tudo isso, ele encontrou outro suposto culpado!

Dessa vez foi sua amiga de sala de aula. Ele achava que poderia ter sido ela, pois um dia, a vira pisando numa plantinha no pátio da escola. E mais uma vez, sua imaginação criou uma cena onde ele podia vê-la arrancando a plantinha, e em seguida sair correndo, sorrindo e feliz por ter feito aquilo. Ficou furioso com ela, assim como ficara um minuto atrás com o mendigo!

E ele pensou que, por causa deles, sua árvore não mais cresceria! Imaginou então ela já grande, repleta de frutos maduros. Chegou a se ver embaixo da mesma, colhendo aqueles belos frutos. Só que isso não mais aconteceria, graças a um daqueles dois. O fato é que sua imaginação já encontrara os culpados. Mais ainda, julgara e condenara a ambos, mesmo sem que existisse prova alguma contra eles.

Sentiu uma grande raiva daquelas pessoas, e um enorme desejo de vingança tomou conta de si... Pensou em alguma coisa de mau, um castigo, que poderia acontecer com aquelas pessoas! Isso para pagarem por aquilo, que ele julgava, tivessem feito! E nesse exato momento, viu que sua amiga, a mesma que acusara em seus pensamentos, ia passando ali perto. Ela se aproximou dele sem compreender porque estava tão bravo.

E ela foi logo dizendo: Você não imagina o que aconteceu! Ele permanecia calado com uma cara de poucos amigos. E ela continou a falar. O Mendigo, a gente nem sabia, é um guardião das árvores. Ele sai à procura delas quando estão ainda pequenas, para então levá-las ao seu jardim, onde são plantadas. Lá ela limpa-as, rega-as, até crescerem!

Então ele veio aqui à noite, e levou a plantinha para seu jardim. Ele disse que aqui ela não teria como crescer, pois alguém acabaria pisando nela. Seu jardim fica daquele lado! O que poderia ele dizer naquele momento? Estava muito envergonhado de ter Imaginado tudo aquilo... Condenara inocentes com sua imaginação, e agora percebia seu grande erro. Sentia tanta vergonha, que sequer tinha forças para dizer alguma coisa...

Sinceramente arrependido pelo seu erro de julgamento disse: Você sabe de uma coisa? Percebo agora claramente, que o maior erro de alguém é julgar os outros com a própria imaginação. Nosso pensamento é capaz de criar coisas que não existem, e então nos engana afirmando que são verdadeiras. E pode ver mais adiante, o mendigo em seu florido jardim, cuidando como ninguém da plantinha.

Aprendera naquele dia, a mais importante lição de sua vida. E, ainda comovido e abalado pelo erro que cometera, sentiu que gostava ainda mais da sua amiga, e de verdade, admirava como nunca aquele mendigo. E ele disse: Hoje foi um dia Especial para mim! Depois de hoje, não mais serei a mesma pessoa de antes. E eles foram caminhando para casa, como faziam todos os dias. xx
... FIM ...





Para visualizar os desenhos acesse o link abaixo.

Fonte: Contos Infantis Ilustrados - O Menino que Descobriu uma Coisa - © Copyright 2000-2008 - http://www.sitededicas.com.br/
Autor: Alberto Filho


Perguntas de compreensão:
1. O que o menino fazia todos os dias?
2. O que ele encontrou?
3. Qual foi a sua idéia?
4. O que aconteceu que deixou o menino chateado?

Perguntas de raciocínio:
O que fez o menino quando descobriu o que tinha acontecido?
O que de fato havia ocorrido?

Perguntas de sentimento:
Qual foi o sentimento do menino quando resolveu cuidar da plantinha?
Como ele se sentiu quando descobriu o seu sumiço?
Que lição ele aprendeu depois de saber da verdade?
Como você agiria numa situação parecida?





4. Atividade grupal: Dinâmica “O Quadro”

Objetivo: Perceber a importância de conhecer a verdade dos fatos.

Material: Um quadro ou gravura e uma toalha.

Procedimento:
· Dividir a turma ao meio e pedir para metade esperar do lado de fora;
· Apresentar um quadro ou gravura para o restante da turma e pedir para observem os detalhes;
· Cobrir o quadro e pedir que o restante da turma volte;
· Pedir para eles falarem o que acham que tem no quadro;
· Pedir para os alunos que observaram o quadro falem o que viram;
· Descobrir o quadro e pedir para que observem o quadro;
· Conversar sobre o que cada um sentiu e qual a sensação de ter de falar de algo que não conhece, de ouvir dos outros e de ver por si mesmo a realidade.

5. Canto Grupal:

MÃO ÚNICA
Edson Aquino
Pense a verdade, diga o que pensa.
Sinta o que diga, seja o que sente.
Diga a verdade, seja o que diga.
Sinta o que pensa, pense no que sinta.
Seja verdade, sinta o que seja.
Diga o que sinta, pense no que diga.

Pensamento, palavra e ação,
Juntos, na mesma direção,
Trazem paz e equilíbrio ao coração.


Subsídios para o professor:
É verdadeiro o homem que, ao reconhecer os seus erros, se arrepende; o homem que ao reconhecer que se afastou da sua natureza, da sua dignidade, mesmo que não seja por uma falta de palavra, mesmo que seja só com os seus atos, deseja reempreender o caminho abandonado.
Arrepender-se é veracidade, há veracidade na retificação que o arrependimento implica. E retificação é tudo aquilo que na vida corrente significa reconhecer um erro, pedir desculpa e corrigi-lo.

Um comentário:

  1. Mas um espaço para divulgar o trabalho maravilhoso que você tem realizado. Ótima iniciativa. Dessa forma fica à disposição de todos, envolvidos ou não no projeto EVH, para colher material e usar nos seus projetos nas instituições religiosas, escolas, no lar... em qualquer lugar.

    Parabéns Nice
    Beijos
    Márcia

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